Pessoas resgatadas receberam assistência e suporte médico e profissional.
Os trabalhadores moradores de Serrinha e da região do sisal que foram resgatados de uma vinícola localizada na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, que estavam trabalhando e vivendo em situação análoga à escravidão foram recebidos por uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social de Serrinha, que prestou toda assistência.
A chegada dos trabalhadores ao município de Serrinha aconteceu por volta das 17h da última segunda-feira, 27, sendo acolhidos por profissionais da Semas que aguardavam o desembarque. Profissionais da área médica, nutricional, de Psicologia, Assistência Social e enfermagem atenderam a todos.
"A Secretaria de Desenvolvimento Social estava a postos para fazer a primeira acolhida social. Estávamos com nossa equipe técnica do CREAS e contamos com atendimentos de assistentes sociais, psicólogos, e teve também o pessoal do SUAS que acompanhou todo procedimento desde os trâmites com o Estado, organização, até a acolhida das pessoas, triagem", disse a secretária de Desenvolvimento Social de Serrinha, Liz Oliveira, ao Info Serrinha.
Uma das psicólogas que realizou atendimentos aos trabalhadores, a profissional Ana Carolina relatou qual foi o procedimento adotado para receber os trabalhadores. "O pessoal já tinha chegado de uma longa viagem, então chegaram cansados, então preparamos um atendimento que fosse o mais rápido possível para que não levasse tanto tempo, então pensamos em um atendimento acolhedor mesmo, tivemos uma ficha já encaminhada pelo Estado, e enquanto a gente preenchia os dados eles iam relatando um pouco da situação do que viveram lá e sempre mostrando a tristeza e o alívio de ter voltado para casa".
Segundo a Semas, Serrinha recebeu trabalhadores de municípios como Monte Santo, Conceição do Coité, Quijingue, Nova Soure, Riachão do Jacuípe e São João do Jacuípe. Todos foram acolhidos, receberam os atendimentos e voltaram para suas residências sendo levados por veículos enviados pelas prefeituras dessas cidades.
De acordo com as informações os trabalhadores tiveram a promessa feita por aliciadores de mão-de-obra de salários que chegavam aos R$ 3 mil, e teriam recebido R$ 500 como auxílio para viagem, além da assinatura da carteira de trabalho, mas ao chegarem em Bento Gonçalves se depararam com um regime semelhante à escravidão, com uma rotina de trabalho exaustiva, tortura e maus tratos onde a alimentação, higiene e acomodação eram totalmente precárias.
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